O Estado é uma Máquina – Contra Especialistas e a Eficiência

[tradução do capítulo 05 do livro Anarchy in the age of Dinosaurs, por Curious George Brigade]

Anarquistas estão criando uma cultura que permite que mais e mais pessoas se libertem do reinado dos dinossauros. No momento, nossa agitação e propaganda costumam ser apenas fagulhas para inflamar o coração, não as chamas da revolução de fato. Para alguns isso provocou tanto impaciência quanto cinismo, mas anarquistas devem estar confiantes. Nós estamos criando uma revolução na qual nós não apenas controlamos os meios de produção, mas onde nós controlamos nossas próprias vidas.

Não existe uma ciência da mudança. A Revolução não é científica. Ativistas não deveriam ser especialistas em mudança social do mesmo modo que artistas não deveriam ser especialistas em autoexpressão. A grande mentira de todos os especialistas são é declarar ter acesso ao exclusivo, o intocável, e mesmo o inimaginável. Os especialistas da revolução, em amor ou títulos, exigem muitas coisas além de sua lealdade. Acima de tudo eles demandam eficiência; um lugar na máquina bem lubrificada.

No lugar de hortas de fundo de quintal e transporte público, a eficiência criou comida genéticamente modificada e rodovias de dezesseis vias. Eficiência demanda a ilusão do progresso não importa quão vazio. Nossa negação a eficiência nos levou a muitos projetos incríveis. Food Not Bombs podem não ser o meio mais eficiente de entregar alimento para os que tem fome, mas eles costumam ser mais efetivos em seus objetivos que qualquer programa governamental, doação religiosa, ou corporação eficiente. McDonals nos promete uma versão rápida e eficiente da experiência de um restaurante; não é exatamente o oposto do que queremos que nosso mundo se pareça? Eficiência move muitos projetos e campanhas; ativistas de mais se transformaram em personagens tão superficiais e inacreditáveis quanto aqueles dos comerciais de televisão. Suas buscas por questões eficientes e facilmente comercializáveis os levaram a uma competição contra empresas, governos e outros ativistas pela imaginação do público.

Como a massa, eficiência é uma deidade chave no panteão do pensamento dinossauro. Não tem nada de errado com o desejo de fazer as coisas acontecerem; alguns projetos necessários nunca ficam longe do trabalho pesado e quanto mais rápidos forem realizados, melhor.Porém nossos relacionamentos pessoais e desejo compartilhado por mudança não são coisas a serem apressadas, pré-gravadas e formatadas para a televisão

A aposta segura do ativista eficiente é que uma vez a liberdade nunca é vivida mas apenas discutida, toda mudança deve ser pré planejada e tediosa. Esses especialistas incluem os burocratas chacoalhando dentro de seus tamancos ao pensar no povo se revoltando sem a permissão ou condução do Partido. Essas pessoas arrastaram seus pés ao longo da história revolucionária: hoje elas são as pessoas que temem o caos das manifestações, ou falam sobre a luta de classes sem fazer referência ao que é revolucionário sobre a recusa das amarras da vida cotidiana. Sim, eles são justamente os que carregam cadáveres em suas bocas! Eles se arrepiam com ao pensar que as ideias ou as pessoas que defendem possam sair do controle. Para os autoproclamados especialistas em mudança social, a manifestação mais eficiente é aquela que tem única e nítida mensagem, uma audiência bem definida, e um roteiro pré programado… de preferência um roteiro escrito por eles.

Será que vamos imitar estas máquinas políticas? Será que vamos nos esforçar para nos tornarmos como o estado? A versão Esquerdista da máquina irá uma vez mais moer diferenças para criar um produto final: o Fim da História, Utopia, A Revolução. As máquinas consomem nossa vitalidade e contribuem para o esgotamento tão comum em nossas comunidades. O envio em massa de cartas pelo correio pode ser mais eficiente do que conversar com desconhecidos, ou instalar uma banquinha de limonada em uma praça, mas não é necessariamente mais eficiente. Existe algo a ser dito sobre escolher o caminho mais longo entra aqui e lá.

Toda vez que deixamos nossos problemas para serem resolvidos por especialistas, nós cedemos um pouco mais de nossa autonomia. Os juízes, os professores, os cientistas, os políticos, os policiais, os banqueiros: esses são os engenheiros da eficiência. Suas ferramentas jamais poderão transformar nossos relacionamentos ou nossa sociedade; eles apenas calcificam e enrijecem as que já estão fudidas. Em seu mundo, sempre haverá consumidores e consumidos, prisioneiros e captores, devedores e acionistas. Os pequenos dinossauros que desafiam os maiores talvez queiram mudar o mundo, mas eles farão isso de acordo com um plano escrito, não por eu ou você mas por especialistas de poltrona.

Ilusões de Controle

[tradução do capítulo 04 do livro Anarchy in the age of Dinosaurs, por Curious George Brigade]

Diante da incontida natureza selvagem da realidade, os dinossauros caem em febris ilusões de grandeza. Em espasmos de insanidade, eles recriam o mundo a sua própria exagerada imagem, pondo á baixo o que há de selvagem e a substituindo por uma terra devastada que reflete seu próprio vazio. Onde antes existia a incrível e complexa diversidade da natureza, agora resta apenas a simplicidade morta do asfalto e concreto.

Esses hábitos de controle estão profundamente enraizados não apenas nos dinossauros, mas também em todos com quem eles entram em contato, incluindo a maior parte dos autodeclarados revolucionários. Essas ilusões de controle afetam como construímos relacionamentos com outras pessoas, articulamos nossos próprios pensamentos, e vivemos nossas vidas; Se olharmos para a sociedade estadonidense, nós não podemos ignorar os índices de violência doméstica, o egoísmo brutal, e a homofobia institucionalizada, sexismo e racismo. Assim como dinossauros destroem ecossistemas físicos, eles substituem seus relacionamentos sociais por alianças e parcerias baseadas em eficiência, controle, crescimento e a busca pelo lucro. Anarquistas também replicam esse comportamento. O que antes era uma comunidade se torna um movimento; amigos são substituídos por meros aliados. Sonhos se tornam ideologia e revolução se torna trabalho; Revolucionários desesperadamente tentam controlar o mundo ao seu redor; um esforço fútil, já que é o dinossauro de duas cabeças gêmeas o Estadossauro e o Empresas Multinacionalssauros que controlam o mundo atualmente. Abandonando o presente, radicais comumente vivem suas vidas como fantasmas em algum passado ou futuro revolucionário. Não é surpresa que revolucionários que de fato acreditam em sua própria retórica acabam esgotados ou, pior, como teóricos de sofá. É mais fácil ponderar sobre o futuro do que fazer algo sobre o presente.

Do mesmo jeito que é mais fácil teorizar sobre o mundo do que interagir com o mundo, é muito mais fácil teorizar sobre como a Revolução acontecerá do que de fato fazê-la acontecer. Previsões e teorias elaboradas sobre qual grupo é mais revolucionário são ainda mais ridículas. Os teóricos, sendo especialistas consumados, reservam pra si o direito de apontar quem irá criar a revolução no confortável futuro distante. Quem eles vão escolher dessa vez? Os trabalhadores ? O proletariado? Juventude? Pessoas racializadas? Pessoas do Terceiro Mundo? Qualquer um exceto eles mesmos.

Ninguém sabe que cara terá A Revolução, muito menos os desdenhosos, procrastinadores de sofá, que ignoram o que está a seu redor para contemplar a perfeição da dialética. Pessoas que se mantém com os pés fincados no chão instintivamente sentem que nenhum livro de teoria revolucionária consegue capturar cada detalhe do futuro. Muito do que é chamado “revolucionário” é irrelevante para pessoas comuns. As vozes das comunidades reais estão vivas de uma maneira que nenhuma teoria jamais poderia estar mesmo se, por agora, isso tome a forma de pequenos atos de resistência. Quem não sonega impostos, evita policiais, ou mata aula? Esses atos em si podem não ser revolucionários, mas eles começar a desvelar o controle que vem de cima. Abordagens anarquistas devem ser relevantes para o cotidiano e flexíveis o suficiente para servirem a lutas em diferentes situações e contextos. Se nós pudermos alcançar esse ponto, então talvez possamos florescer no mundo de depois dos dinossauros. Nós talvez até tenhamos sorte o suficiente de estar em uma dessas comunidades que participam na derrubada dos dinossauros.

Um Sonho de Massa

[tradução do capítulo 03 do livro Anarchy in the age of Dinosaurs, por Curious George Brigade]

A falha mortal do pensamento dinossauro é seu insaciável desejo por massa. As raízes desse impulso histérico podem ser traçadas de volta ao século 19, uma longa noite da qual ainda não saímos. As origens exatas desse desejo em se tornar massa não nos interessa: ao invés disso, nós queremos entender como esse pensamento dinossauro fez seu caminho até nossas culturas de resistência do presente, e o que podemos fazer para substituí-lo.

O desejo de massa dita praticamente tudo que um dinossauro faz. Esse tesão insaciável governa não apenas suas decisões, mas sua própria organização. Organizações de massa, mesmo na sua apresentação para outros (sejam potenciais aliados ou a mídia) engajam em primitivos, estufando o peito para fingir que eles são mais massivos do que realmente são. Assim como os primeiros dinossauros passavam quase todo momento de suas vidas em busca de alimento, os dinossauros da Esquerda gastam a maior parte de seus recursos e tempo perseguindo a quimera da massa: mais corpos no protesto, mais assinaturas, e mais recrutas.

A contínua atração por massa é sem dúvidas um sonho vestigial dos dias de revoluções do passado. Toda alma solitária vendendo publicações radicais sob a gigantesca sombra dos brilhantes outdoors capitalistas e sob o olhar de policias bem armados, secretamente sonha acordado com as massas invadindo a Bastilha, as multidões avançando no Palácio de Inverno, ou as fileiras marchando em Havana. Nessas fantasias, um indivíduo insignificante é magicamente transformado em um tsunami de força histórica. O sacrifício de sua individualidade parece ser um preço pequeno pela chance de ser parte de alguma coisa maior que as forças de opressão. Esse sonho é nutrido pela maioria da Esquerda, incluindo muitos anarquistas: a metamorfose de um pequeno, frágil mamífero em um gigante, imparável dinossauro.

O sonho da massa é mantido vivo pela iconografia tradicional da Esquerda: desenhos de imensas multidões anônimas, trabalhadores maiores que a vida representando o crescente poder do proletariado, e fotografias aéreas de legiões de manifestantes enchendo as ruas. Essas imagens tendem a ser atraentes, românticas e empoderadoras: em resumo, propaganda da boa. Entretanto, não importa quão sedutoras sejam, nós não devemos nos deixar enganar em pensar que elas são reais. Essas imagens não são mais reais, ou desejáveis, que a publicidade cinicamente oferecida a nós pelo sistema capitalista.

Tradicionalmente, anarquistas têm sido críticos a homogeneidade que vem com qualquer massa (produção em massa, mídia de massa, destruição em massa) ainda assim muitos de nós parecem incapazes de resistir a imagem do oceano de pessoas inundando as ruas cantando “Solidarity Forever!”. Termos como “Mobilizações de Massa”, “Classe Trabalhadora”, e “Movimento de Massa” ainda dominam nossa propaganda. Sonhos de usurpação e revolução têm sido impressos em nossa visão de lutas do passado: nós compramos um cartão-postal de outros tempos e queremos experencia-lo nós mesmos. Se mudança massiva, global e imediata são nosso único referencial, os esforços de um pequeno coletivo ou grupo de afinidade sempre parecerá destinado ao fracasso. A sociedade de consumo enche nossas cabeças com slogans como “maior é melhor” e “quantidade sobre qualidade”. Não deveria ser surpresa que o sonho de um movimento de massa maior e melhor é tão prevalente entre radicais de todas as espécies. Nós não devemos nos esquecer quanta criatividade, vitalidade e inovação flui daqueles que se recusam a serem assimilados. Muitas vezes é esse pequeno grupo que despreza o maisntream que faz as mais fantásticas descobertas. Sejam campesinos em Chiapas ou uma criança esquisita no ensino médio, essas são as pessoas que se recusam a ser mais um rosto na multidão. O desejo de atingir massa leva a muitos comportamentos e decisões desfuncionais. Talvez o mais insidioso seja o desejo de amenizar nossas políticas para ganhar apoio popular. Essa tendência comum até de mais leva a campanhas homógenas, sem sal, que são o equivalente político aos cartazes profissionalmente impressos que vemos nos protestos e marchas, monotonamente repetindo o dogma da mensagem dos organizadores. Apesar do suposto apoio a lutas e campanhas locais só são úteis para os dinossauros se eles puderem ligar isso a (ser consumido pela) massa. A diversidade de táticas e mensagens que facilmente surgem de grupos heterogêneos deve ser suavizada e comprometido para focar em uma slogan, ou objetivo facilmente digerível. Nesse pesadelo, nossa mensagem e ações simplesmente se tornam meios para aumentar o fluxo de inscrições, adicionar assinaturas ou chamados pra ação: todas medidas de massa. Nós pagamos por esses números com o sufocamento da criatividade e objetivos comprometidos. Ideias que afastem a mídia ou expandam uma mensagem simples para além de um slogan (“No Blood for Oil” ou “Not My President”) são evitadas pois podem vir a provocar discussão e desacordos, e assim reduzir a massa. Os saudáveis debates internos, discordâncias, e variações regionais precisam ser diminuídas. Ainda assim essas são as mesmas diferenças que fazem nossa resistência tão fluída e flexível, elevando as mais ousadas inovações.

Nessas situações tristemente previsíveis, o discurso pronto reina. A todo momento, os olhos permanecem no prêmio: tamanho. O desejo por massa e homogeneidade (que estão sempre de mãos dadas) limita iniciativas não conformistas e radicais daqueles que querem tentar algo novo. Uma reclamação comum sobre criatividade ou ações militantes é que ela não vai soar bem na mídia, que irá apagar nossa mensagem ou que talvez possa alienar um ou outro constituinte. Chamados à conformidade, normalmente no formato de cínicas demonstrações de“unidade”, são ferramentas poderosamente efetivas para censurar a resistência apaixonada daqueles que não se limitam as políticas de massa. O que está faltando em nossos atos de rua e em nossas comunidades não é unidade, mas solidariedade genuína.

Ao assegurar seus próprios objetivos, dinossauros usam medo como uma ferramenta. Eles utilizam os perigos reais que encaramos em nossas vidas cotidianas em nossas comunidades de resistência. Organização de massa nos prometem segurança e força nos números. Se você deixar que suas ideias, desavenças e inciativa sejam consumidas pelo dinossauro, você estará protegido em sua espaçosa barriga. Sem dúvida, muitas pessoas estão dispostas a temporariamente acomodar suas mensagens e formas particulares de resistência por segurança. Porém a promessa de segurança, seja assegurada por permissão para protestar ou uma grande lista de apoiadores, são vazias. O Estado tem uma longa história desmobilizar movimentos de massa: a suposta força de um dinossauro vêm de seu imenso tamanho. Tudo que o Estado precisa fazer é se livrar de qualquer movimento que seja através de prisões, cooptação, pequenas concessões, intimidação, e “assentos na mesa”.

Conforme o movimento é dividido em grupos que podem ser cooptados e uma minoria de radicais, sua força se dissipa, e a moral despenca. Isso tem se provado repetidamente como uma forma efetiva do Estado de se livrar de qualquer movimento buscando por mudança social e política. Existem outros sonhos, sonhos de anarquia, que não são assombrados por imensos proto-dinossauros. Esses não são sonhos d”A Revolução” mas de centenas de revoluções. Esses incluem formas locais e internacionais de resistência que dão conta de serem inventivas e militantes. A monocultura de Um Grande Movimento buscando pela Revolução a experiência vivida por pessoas comuns. Anarquistas na América do Norte estão criando alguma outra coisa. Algumas vezes sem nem saber conscientemente, nós estamos soltando a pele morta da barriga do dinossauro da Esquerda e nos aventurando para criar resistências selvagens e imprevisíveis: uma multiplicidade de lutas, todas elas significativas, todas elas interconectadas. Os sonhos de anarquistas são os pesadelos dos pequenos dinossauros: tomem eles a forma de políticos de Washington, oficiais bem pagos dos sindicatos, ou burocratas de partidos. Com um enxame de indivíduos diversos e pequenos grupos, a resistência pode estar em qualquer lugar a qualquer hora, em todo lugar e a todo tempo. Em uns poucos anos desde o final dos anos 90, a mistura de convergências anti-globalização, ativismo local e campanhas, viajantes, tecnologicistas, e solidariedade com resistências internacionais têm criado algo novo na América do Norte. Nós estamos substituindo o Movimento de Massa com um enxame de movimentos onde não há necessidade de sufocar nossas paixões, esconder nossa criatividade ou acomodar nossa militância. Para os impacientes, parecerá que nós somos muito poucos e ganhando apenas pequenas vitórias. Porém uma vez que deixemos as pretensões da supremacia da massa de lado, nós podemos aprender que pequeneza não é apenas bela, também é poderosa.

Antifascistas suecos expõem DADOS DE CLIENTES DE loja online ligada ao movimento neonazista

publicado originalmente em antifa.se

A Midgard é uma das maiores lojas online de música e merchandise white power da região nórdica. Desde 1990, Midgard tem um papel significante no movimento nazi da Suécia, servindo como infraestrutura para o movimento. Ao longo dos anos Midgard têm ativamente participado e apoiado financeiramente inúmeras organizações nazis, além de estar presente em eventos internos.

A Midgard opera desde a cidade de Alingsås. A empresa por trás da Midgard é Ringhorne AB (556870-8803), os proprietários são Martin Flennfors (19860125-5519) e Martin Engelin (19860630-4957). Ambos têm conexão com o Nordic Resistance Movement (Movimento de Resistência Nórdica), onde Engelin continua sendo um dos membros mais proeminentes da organização.

Assim como anteriormente coletamos e divulgamos as informações de clientes da Kampboden em 2016, Midgard em 2017, White United Shop in 2020, e Greenpilled em 2023, agora também podemos compartilhar os dados de clientes da Midgard, de 2017 a 2022. Os registros incluem aproximadamente 20.000 pedidos de clientes ao redor do globo.

Por algum tempo processamos os dados suecos, que contém cerca de 2500 clientes. Todos esses clientes escolheram ativamente financiar financeiramente o movimento nazista da Suécia ao comprar da Midgard.

Por conta da extensão dos dados, decidimos colocá-los nesta página externa com recursos que facilitam a consulta. Queremos que esses registros sejam um recurso para qualquer um que busque investigar e atacar o movimento nazista.

Com essa publicação, queremos demonstrar que ninguém pode se manter anônimo ao escolher apoiar o movimento nazista. Nós sempre encontraremos vocês! É apenas uma questão de tempo.

Banco de Dados: https://midgard.antifa.se/

Fonte: https://antifa.se/2023/12/04/afa-research-vi-offentliggor-midgards-kundregister/

No Lugar de um Manifesto

[tradução do capítulo 02 do livro Anarchy in the age of Dinosaurs, por Curious George Brigade]

Nós vivemos em uma era de dinossauros, Ao nosso redor enormes berremutes sociais, econômicos, e políticos vagam por ambientes destruídos, por todo o planeta lançando sombras que ameaçam a vida. Existe um esforço titânico acontecendo em nossas comunidades conforme Capitalisto-Rex e Estadossaurus lutam para encherem suas barrigas com mais recursos e poder enquanto se defendem das garras de espécies competidoras como o recém descoberto, o selvagem Pterror-dactyls. A batalha entre esses gigantes é terrível, mas não pode durar para sempre. A Evolução está contra esses tiranos condenados. O sol deles já se põe e os olhos brilhantes de outros reluzem nas trevas, exigindo mudança.

Nem todos esses olhos são muito diferentes dos répteis tiranos que atualmente dominam o globo. Eles inspiraram dinossauros menores que aguardam sua vez de dominarem. Esses dinossauros menores são as ideologias fossilizadas da Esquerda. Apesar das promessas sedutoras, eles oferecem apenas uma versão mais confortável do sistema atual, e no final não são mais liberatórios que os mestres maiores, como os governos “socialistas” do Leste Europeu. Suas garras podem ser menores e seus dentes não tão afiados, mas seu apetite e métodos são os mesmos de seus parentes maiores. Anseiam pela massa: o eterno sonho da criança de ser gigante. Eles acreditam que se conseguirem chegar a uma massa suficiente, através de partidos, organizações, e movimentos, então eles poderão desafiar os dinossauros mestres e arrancar o poder deles.

Nas frescas sombras da noite, nas copas das árvores de florestas esquecidas, e nas ruas das cidades devastadas ainda existem outros olhos. Olhos ligeiros e corpos esguios alimentados de esperança, olhos que brilham com a possibilidade da independência. Essas criaturas pequenas vivem na periferia, nas pegadas e sombras de dinossauros. Suas orelhas não respondem aos chamados de dinossauros menores que querem os consumir e criar “um grande dinossauro” para dominar a todos os outros. Essas pequenas criaturas de sangue morno são muitas e variadas, vivendo da abundância descartada que os dinossauros em sua arrogância, pisoteiam. Eles conspiram juntos nas sombras e dançam quando os gigantes dormem exaustos. Eles constroem e criam, encontram novas e redescobrem esquecidas maneiras de viver, confiantes que a tirania terá um fim. Nós sabemos que esse reinado draconiano não irá durar para sempre. Mesmo os dinossauros sabem que sua era deve acabar: o meteoro certamente chegará Seja pelo trabalho das curiosas criaturas de sangue quente, seja por alguma catástrofe desconhecida, os dias ruins de colossais autoridades reptilianas acabará. O monótono uniforme de escamas blindadas será substituído por um traje de penas, pêlos e pele macia em um milhão de tons.

Essa é a anarquia na era dos dinossauros.