publicado originalmente por William Gillis, em 06/01/2012, fonte: The Anarchist Library
Anarco-Transhumanismo é o entendimento de que a liberdade social está inerentemente ligada com a liberdade material, e que liberdades são incontornavelmente uma questão de expandir sua capacidade e oportunidades de engajar com o mundo ao nosso redor. É a realização que nossa resistência contra aquelas forças sociais que nos subjugaram e limitaram não é nada mais que parte do espectro de esforços para expandir a agência humana; para facilitar nossas investigações e criatividade.
Isso significa não apenas estar livre das limitações arbitrárias de nossos corpos possam impor, mas livre para moldar o mundo ao nosso redor e aprofundar o potencial de nossas conexões entre nós através dele.
Significa que as ferramentas que nós usamos deveriam ser abertamente conhecidas e infinitamente customizáveis; isso significa corpos que não estão presos em processos sobre os quais não temos agência. Saber que o desejo por escolha por trás do controle de natalidade, pela regeneração de membros e mudança de sexo é o mesmo desejo que organiza trabalhadores e incendeia prisões. É a luta para se viver livre… e por poder fazer isso por mais um ano, mais uma década, mais um século. Significa não apenas transcender as restrições de gênero, mas da genética e todas as experiências humanas anteriores. Significa lutar para que nos seja permitida a plena realização de quem e do que queremos ser, quando e onde quisermos.
Significa desafiar e alterar as condições que de outra forma nos governariam. Significa que quando as ferramentas para melhorar a nós mesmos existem, nós devemos usá-las; que ninguém deveria passar fome quando essa escassez pode ser eliminada. Significa engajar de forma vigilante com a natureza, sem a oprimir ou render-se a ela. É o conhecimento de que a vitória da classe trabalhadora será livre somente quando cada trabalhador individualmente deter os meios de produção; capaz de fabricar toda e qualquer coisa por si mesmo. É o engajamento proativo com as condições ambientais que forçam hierarquias e o inescapável coletivismo. Significa libertar nossa sociedade de hierarquias de paisagens bidimensionais, mover nossas infraestruturas destrutivas para fora da nossa biosfera e eventualmente abandonar a civilização e tomar nosso lugar como caçadores e coletores entre as estrelas.
Significa criptografia; canais inquebráveis de comunicação privada adicionadas sobres uma inquebrável colmeia de ideias e conhecimentos. Isso também significa a abolição da privacidade pública; a criação de um mundo onde as ações que tomamos um com os outros seja compartilhável e verificável instantaneamente. E finalmente será a liberdade de ultrapassar os limites de banda da nossa linguagem e nos conectarmos mais e mais diretamente um com os outros; para fundirmos mentes e transcender subjetividades individuais como desejado.
Anarco-Transhumanismo é todas essas coisas e nenhuma delas.